12 de jun. de 2007

LAREIRA



LAREIRA

Chamas rubras beijam as pedras nuas

Aquecendo raras e cruas sensações

Olhos perdidos sorvo cenas não vividas

Desejos, lembranças, vívidas emoções

Tapete branco...vinho tinto... violino

Aconchego de teus braços que me enlaçam

Lasso inverno no mais puro enlevo

Fugidio espanto esse tanto querer

Uma escolha extravagante, excitante

A mais obscena luxúria, o mais terno amor

Pedaço escandaloso de liberdade

Lanço os olhos aos olhos do amado

Na confluência do desejo ostensivo

Com a alma rente aos pés eu te procuro

Fruto não colhido desejoso

Dança minha língua em tua boca

No instinto ávido de teu corpo

Inteiramente por mim cavalgado

Amo-te do mais absoluto amor

Eu que nunca soube assim ser amada.


Ana Wagner


(11-06-2007)


6 comentários:

José Elesbán disse...

Huummmmm...

Anônimo disse...

nossa! Lareira é duca!
"A mais obscena luxúria, o mais terno amor
Pedaço escandaloso de liberdade"
deliciosamente maravilhoso. clap clap clap

Aroeira disse...

mais uma pérola: "Com a alma rente aos pés eu te procuro"
delícia!!! besos

Anônimo disse...

>
Amiga. O que você escreve é sem palavras. É uma poetisa nata. Deus te
deu esse dom lindo e você está retibuindo com muito fervor. Bjs

Anônimo disse...

Muito lindo Ana!

Anônimo disse...

Muito bonito seu novo poema, Aninha. Admiro muito a sua poesia e gosto do seu jeito.
beijos.
Marco.