o Deus da palavra
é um Deus silencioso
cavalga páginas em branco
lacera estruturas neuronais
se entranha na trama celulósica do papel
como um vírus sub-atômico
(da asa ao nada, língua à vida
anima a coisa inanimada)
no sal da sua saliva
pulsa aceso o caos de um céu imaginário
onde nasce a flor axial do sentido
o Deus da palavra
leva o poeta carinhosamente pela mão
até a beira do abismo
alexandre brito
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